Estive preso por 32 anos. Minha infância foi complicada, já morei na rua, e entrar para o mundo do crime era a saída que eu tinha. Mas a prisão me fez perceber que eu já não queria mais aquele tipo de vida pra mim. Quando fui solto, procurei o Leonardo Precioso, coordenador do projeto Recomeçar, e disse que queria, literalmente, começar de novo, estudar, aprender. A pressão dos amigos pra que eu voltasse ao mundo do crime e largasse os estudos era grande, e eu até entendo o lado deles. Mas segui adiante. Terminei o curso de serigrafia digital, arranjei um emprego razoável onde fiquei por 1 ano, e hoje tô feliz demais trabalhando na Gerando Falcões.